Palavras para quê !!! ??De facto não se trata do antiquíssimo anúncio televisivo da “cadeira nos dentes do artista”, mas certa é a fama do “Presunto de Chaves” que vem de longe. O auge da sua popularidade teve lugar nas décadas de 60 e 70 do século XX, mas é bom recordar que, a difusão do “presunto de Chaves” no mercado português, teve início no já mui distante ano de 1910, quando uma família local iniciou a sua comercialização em Lisboa.  Daí até ser considerado, pelos especialistas como o melhor presunto nacional, no âmbito das ” 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa”, decorreu um longo tempo (mas saboroso, acrescentaria).

Já quanto à história do “Pastel de Chaves” ela remonta a 1862, quando uma vendedora, cuja origem se desconhece, percorria a cidade com uma cesta, contendo uns pastéis de forma estranha e, cuja quantidade não era suficiente para saciar os flavienses. Com tal escassez, e para satisfação da gula transmontana, a fundadora da Casa do Antigo Pasteleiro, terá oferecido uma libra pela receita, de tão gostosa iguaria e tudo se viria a transformar, num ícone conhecido, aquém e além das muralhas do Castelo e dos limites geográficos deste concelho. Mas diga-se em abono da verdade que muito mais tem “Aqua Flavie” para dar a provar, como o salpicão, a chouriça, a alheira ou a Bucheira, um enchido fumado, constituído por carne de porco (colada/pulmão, entremeada, carnes ensanguentadas) e cebola, numa mistura homogénea. Cheio em tripa delgada de porco, com formato de ferradura, aí está mais um produto dos afamados

“Sabores de Chaves”, que terá oportunidade de com(o)provar, vindo até à Feira do Fumeiro que nos dias 29, 30 e 31 de janeiro 2016, tem lugar nesta acolhedora e histórica cidade.